Lady Gaga e Clarence Clemons numa pequena escadaria onde uma luz é vista no topo.
Eu tenho acompanhado Lady Gaga há um bom tempo em sua carreira e ela parece cada vez mais ascendente. Em meio a tanto sucesso, e nesse boom criativo que Gaga parece estar vivendo, qualquer coisa que Gaga faça é motivo de notícias e reboliço entre os fãs. Com isso na cabeça, o lançamento de um vídeo como The Edge Of Glory seria no mínimo decepcionante.
Quando ouvi a música, imaginei que devido ao título da canção o vídeo carregaria uma mensagem iluminista pesada por trás de habituais símbolos completamente difíceis de interpretação. Antes do final do clipe eu já havia captado o conceito exprimido ali com apenas um simples e óbvio símbolo: a escada.
Quando ouvi a música, imaginei que devido ao título da canção o vídeo carregaria uma mensagem iluminista pesada por trás de habituais símbolos completamente difíceis de interpretação. Antes do final do clipe eu já havia captado o conceito exprimido ali com apenas um simples e óbvio símbolo: a escada.
Lady Gaga dançando na escada.
Durante toda sua carreira, Lady Gaga parece atravessar um processo gradual de busca espiritual. Como eu disse na minha primeira postagem, seus vídeoclipes todos estão repletos de símbolos associados à divinização e iluminação (símbolos arquétipos). No seu vídeo mais recente, a simplicidade das imagens e a letra da música é possível perceber mais uma vez a mesma ligação forçada por Gaga, entre seu trabalho/carreira e uma posição mais elevada na mídia (ou mesmo entre os seres humanos), quando ela utiliza a palavra "glória", relacionando tudo numa espécie de "endeusamento" vinculado à sua imagem.
A música deste videoclipe foi escrita logo após a morte de seu avó e de acordo com a cantora:
No vídeo, ela nos apresenta esse conceito de "morte" e "glória" interligados através de símbolos representando a glória como parte da morte ou a morte como um processo gradual para a glória.
A escada é um símbolo clássico de graduação e elevação. Ela é retratada em vários mitos, seitas, sociedades e organizações religiosas. A maçonaria, por exemplo, utiliza a escada de Jacó, uma história bíblica, como referência para a escada como símbolo. No simbolismo da escada, temos a ideia de ascensão e comunicação entre diversos planos da consciência ou planos existenciais. Expressa também o momento de ruptura de nível que torna possível a passagem de um mundo para outro (de um plano de consciência para outro).
A música deste videoclipe foi escrita logo após a morte de seu avó e de acordo com a cantora:
"A canção é sobre o seu último momento na Terra, o momento da verdade, à beira da glória é neste exato momento antes de deixar a Terra". http://popline.mtv.uol.com.br/lady-gaga-lanca-single-promocional-ouca-edge-of-glory
No vídeo, ela nos apresenta esse conceito de "morte" e "glória" interligados através de símbolos representando a glória como parte da morte ou a morte como um processo gradual para a glória.
A escada é um símbolo clássico de graduação e elevação. Ela é retratada em vários mitos, seitas, sociedades e organizações religiosas. A maçonaria, por exemplo, utiliza a escada de Jacó, uma história bíblica, como referência para a escada como símbolo. No simbolismo da escada, temos a ideia de ascensão e comunicação entre diversos planos da consciência ou planos existenciais. Expressa também o momento de ruptura de nível que torna possível a passagem de um mundo para outro (de um plano de consciência para outro).
Exemplos de escada como símbolo nesses retratos maçônicos, mostrando a escada como caminho para a iluminação. Na primeira imagem, os três primeiros degraus representam os três primeiros níveis da Maçonaria simbólica.
Nesse contexto de passagem e transição de níveis, planos e graduação espiritual encontrei no clipe uma outra imagem simbólica que reforça o conceito do vídeo. No início e no final do vídeo há uma ênfase descomunal na janela, indicando que a janela é uma elemento importante para a compreensão do conceito do clipe.
A janela é símbolo da entrada da luz, da recepção e da sensibilidade às influências externas. A janela é uma transição entre dois mundos diferentes (consciência/inconsciência, vida/morte, etc.), ela é posta no vídeo como um local de travessia onde Lady Gaga (com uma misteriosa luz no interior do apartamento) inicia sua ascensão simbólica - por sua vez representada nos momentos onde Gaga exalta a escada enquanto canta sobre sua glória. No fim do clipe, Gaga volta para a janela, perdendo-se na mesma luz rosa esfumaçante de onde surgiu.
A janela é símbolo da entrada da luz, da recepção e da sensibilidade às influências externas. A janela é uma transição entre dois mundos diferentes (consciência/inconsciência, vida/morte, etc.), ela é posta no vídeo como um local de travessia onde Lady Gaga (com uma misteriosa luz no interior do apartamento) inicia sua ascensão simbólica - por sua vez representada nos momentos onde Gaga exalta a escada enquanto canta sobre sua glória. No fim do clipe, Gaga volta para a janela, perdendo-se na mesma luz rosa esfumaçante de onde surgiu.
Surgindo na janela, vinda de um mundo interior iluminado simbólico.
Tudo ao redor desta música é sobre transcendência. Este vídeo, suas performances ao vivo e a própria criação da letra da canção foram impulsionadas por um estágio de transição entre mundos/esferas: a morte do avô de Lady Gaga. A morte (no contexto da música e do vídeo, morte simbólica) parece rondar todo o clima da música/vídeo, tornando-se um outro elemento importante para essa fase de "transição para a glória", adicionado posteriormente, dois dias depois do videoclipe ter sido lançado.
Chamado por Lady Gaga para participar de seu novo álbum, Clarence Clemons toca saxofone em duas faixas. Clemons também foi chamado para participar do clipe de The Edge of Glory, onde ele é a única pessoa que aparece no clipe além de Gaga. Sinceramente para mim isso já um fato para refletir. O título da música não é assinada com os habituais "featuring" ou "feat." (termos em inglês que indicam a participação de um outro artista na faixa/videoclipe) e nem mesmo no título ou na descrição do vídeo seu nome é citado. Uma participação no vídeo da música não era necessária.
Clemons veio a falecer dois dias depois da lançamento do clipe de The Edge of Glory no dia 18 de Junho. O sincromisticismo começa aí: Clarence tinha 69 anos quando faleceu. 6 e 9 são importantes números esotéricos. Podemos relacionar esses mesmos números com a data da morte de Clemons. Usando numerologia esotérica/oculta temos:
Gaga e Clemons
Chamado por Lady Gaga para participar de seu novo álbum, Clarence Clemons toca saxofone em duas faixas. Clemons também foi chamado para participar do clipe de The Edge of Glory, onde ele é a única pessoa que aparece no clipe além de Gaga. Sinceramente para mim isso já um fato para refletir. O título da música não é assinada com os habituais "featuring" ou "feat." (termos em inglês que indicam a participação de um outro artista na faixa/videoclipe) e nem mesmo no título ou na descrição do vídeo seu nome é citado. Uma participação no vídeo da música não era necessária.
Clemons veio a falecer dois dias depois da lançamento do clipe de The Edge of Glory no dia 18 de Junho. O sincromisticismo começa aí: Clarence tinha 69 anos quando faleceu. 6 e 9 são importantes números esotéricos. Podemos relacionar esses mesmos números com a data da morte de Clemons. Usando numerologia esotérica/oculta temos:
18 de Junho (mês de número 6) = 18/6,
1+8/6 = 9/6
69 (Idade da morte)
96 (data da morte e inversão dos números)
Então aqui temos um grande agrupamento de números místicos. Se nada disso for verdade, acredito que é no mínimo, sincrônico. Isso poderia significar que tais eventos (lançamento do videoclipe, morte do Clarence Clemons, etc.) foram de alguma importância para a carreira de qualquer um dos artistas no videoclipe. Encontramos o elemento morte pairando sobre todo o contexto da música, composta sobre o momento da morte, e que agora se associa ao vídeo devido a recente morte de um dos personagens do mesmo.
É como uma espécie de padrão: morte, música, videoclipe, morte. Onde está a glória no meio disso tudo? É forçoso, no entanto, relacionar a morte de uma pessoa com a glória de outra. Contudo, este é o princípio do sacrifício, ato que compreende o tema morte de maneira diferente. A morte sacrifical é necessária para a continuação ou progresso de um processo maior e mais importante. O velho dando lugar ao novo.
Nestas cenas, quando Lady Gaga canta "estou na beira com você", ela aponta seu dedo diretamente para o saxofonista. Indicando com quem ela compartilha seu momento de glória. Poderia isso representar que Gaga está nos mostrando que Clarence Clemons estaria tendo o "momento de verdade" antes da sua morte?
A "glória" deste pequeno videoclipe não está na sua estética oitentista ou no solo de sax de Clarence. Tudo gira em torno do elemento morte - seja ela simbólica, seja ela real. A "glória" retrada aqui é representada por um homem que entregou sua vida para alcançar uma nível mais elevado na sua carreira, onde ele só conseguirá se atravessar mais esta fase de sua vida. Lady Gaga aproveita-se deste momento (que ela mesma chama de "momento de verdade") para atrair para si uma "glória" que futuramente seria alcançada por Clarence. A carreira de Clarence foi eternizada com sua morte, a carreira de Gaga foi apenas marcada com essa mancha de "glória" passageira.
Lady Gaga é mostrada numa escada que leva ao topo do prédio (ascensão) e ele numa escadaria que leva à rua (descida, declinação). No vídeo ela aparentemente age como uma guia, conduzindo ambos para algo maior e transcendente. O drama da morte do avô de Gaga posteriormente da morte de Clarence Clemons foram necessários para que o vídeo e a música ganhassem uma outra camada de interpretação, para não deixar a simplicidade do videoclipe cair no tédio, conectando música e vídeo com algo muito mais profundo e significativo.
Entretanto, os dois personagens deste videoclipe tomaram rumos completamente diferentes: Clarence morreu, Lady Gaga não. O velho se foi, o novo permanece.
Lady Gaga interpretando Anúbis, antigo deus egípcio dos mortos. Anúbis era chamado de protetor das tumbas e dos mortos, e também era guia das almas ao reino dos mortos. Note a pirâmide iluminada ao fundo.
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Fontes da net:
Fontes de livros:
- Manly Palmer Hall, The Secret Teachings of All Ages, pág. 201.
- Dicionário de Símbolos Esotéricos, suplemento especial da revista
PLANETA. - Heder Lexikon, Dicionário dos Símbolos, ed. 1990, pág. 83, 84.
Pesquisou no DANIZUDO???? eccaaaaa PAPO
ResponderExcluirEscreveu muito bem que até compreendi tudo.
Olha Lady Gaga além de ser uma super foda artista ela deve sacar muito de ocultismo #relfitacmg
Ótimo artigo. Blogs sobre simbologias, illuminati e nwo estão se multiplicando na rede, mas muitos decepcionam pela fraca dissertação e argumentos falhos. O seu é diferente.
ResponderExcluirJá estou seguindo.
Ah! Sou a Dea dos comentários no VC.
Fantástico esse artigo.
ResponderExcluirA Lady Gaga não entende nada de ocultismo não, gente, acorda !!!
Quem saca muito de ocultismo é a indústria que a produz !!!